Embora não possamos prever o futuro, podemos dizer que o ano que se inicia não será um retorno aos negócios como de costume. A pandemia, agitação social, divisões culturais e novas possibilidades de trabalhos remotos nos garantem que as equipes de liderança e negócios no próximo ano serão tudo menos os “negócios como de costume”. É muito claro que o ambiente em que vivemos não é o mesmo e que o ano de 2022 será afetado pelos efeitos colaterais do tempo atual. E isso pode gerar impactos negativos ou positivos, dependendo de como encaramos esse momento. As tendências tecnológicas de automação, digitalização e hibridização combinadas com novas formas de trabalho (remoto, presencial ou um híbrido) exigirão que os líderes sejam ágeis, empáticos, inclusivos e com foco estratégico.
AS COMPETÊNCIAS PARA OS LÍDERES EM 2022
Os desafios trazidos por esse cenário fazem com que as empresas e suas lideranças tenham que se mover, com maior velocidade, para acompanhar a competitividade global e a demanda por inovação em todos os setores da sociedade. Para resolver os problemas novos é preciso pensar diferente, é preciso um novo “mindset” mais flexível e adaptável, colaborativo e que seja capaz de pensar criticamente a respeito daquilo que precisa ser resolvido. Essas competências serão primordiais para que o líder possa viver esse tempo de transição!
1. O NEGÓCIO É HUMANO
Embora o COVID-19 tenha acelerado a adoção em massa de novas tecnologias, ele também destaca o fato de que alguns fatores são constantes: A liderança é profundamente humana. Na era da automação, os traços humanos de decisão, compaixão e ética são essenciais para manter o sucesso dos negócios. Afinal, uma organização é feita de pessoas. A tecnologia pode tornar nossos processos mais eficientes, mas não pode nos tornar melhores colegas, funcionários ou líderes.
2- USE A TECNOLOGIA DE FORMA HUMANA, POR RAZÕES HUMANAS
Mesmo quando se trata de um futuro próximo, a capacidade de se adaptar às novas tecnologias é sempre uma prioridade. E atual questão paira na mente da força de trabalho: é uma ferramenta ou um inimigo? Temos como exemplo o uso de avatares, que pode aliviar uma sensação de ameaça social por meio da distância psicológica. Ou de plataformas LMS e aplicativos que possam medir o comportamento de uma organização e serem usados para o desenvolvimento de todos, em vez de fazer com que se sintam constantemente monitorados. Portanto, haverá muito mais demanda por tecnologias que melhorem a cultura de trabalho da organização.
3- MANTER E MELHORAR A CULTURA DA EMPRESA
Não importa se a empresa mantém o trabalho remoto, híbrido ou totalmente presencial, os líderes precisam nutrir um senso de trabalho em equipe e cultura organizacional em meio a tantas transformações. Mesmo depois de uma crise, haverá um novo normal, e os líderes precisam mapear velhos valores, comportamentos e normas e contrastá-los com o que esse novo normal poderia ser. À medida que as empresas competem e crescem, as bem-sucedidas enfatizam uma cultura com formas inclusivas e autênticas de desenvolver e reter talentos.
4- AVANÇAR NOS ESFORÇOS DE DIVERSIDADE E INCLUSÃO INTELIGENTE
À medida que avançamos, no próximo ano ou em qualquer ano, os líderes de sucesso precisarão ir além, levando suas organizações a abraçar a importância da inclusão inteligente. Em última análise, o impacto dos esforços de diversidade, equidade e inclusão, embora bem-intencionados, dependem de como eles são vistos. Décadas de pesquisa em psicologia social e comportamento organizacional mostram que quando os indivíduos questionam o valor da identidade de grupo, as ameaças à identidade social que eles registram são maciçamente prejudiciais não apenas para o indivíduo, mas para o relacionamento do indivíduo com a organização. Uma das principais questões é como essas organizações podem criar e instituir programas e políticas que trabalham para eliminar a desigualdade racial, de gênero e outras, reduzindo a reatividade psicológica que surge em resposta aos atritos que esses programas podem alavancar. Ou seja, não apenas criar programas de inclusão, mas também criar conssciência de sua relevância para o todo.
5- ESTAMOS TODOS NO MESMO BARCO
O atrito pode afundar o barco, mantendo os membros da equipe fora de sincronia quando, na verdade, eles deveriam seguir os mesmos objetivos. O trabalho em equipe é um imperativo empresarial e a base do alto desempenho. As equipes vencedoras compartilham características comuns: não apenas todos os membros devem ter domínio da técnica e um nível semelhante de talento, embora com qualidades diferentes, mas também devem aprender a “remar” com o resto da equipe.
6 – A LIDERANÇA PODE SER ENSINADA
A verdadeira liderança tem a ver com influência, não poder; é mais inspiração do que controle. O poder é baseado na dependência de outros e a autoridade é baseada na hierarquia formalizada. Abordagens de comando e controle levam ao esgotamento e desligamento. Os líderes inspiram as pessoas a agir. Trabalhar por meio da influência requer mais esforço do que exercer poder, mas, a longo prazo, isso leva a equipes mais engajadas, voltadas para o propósito e produtivas. Ao olhar para resultados objetivos versus a percepção de eficácia, são os comportamentos, não a personalidade, que levam a lideranças e equipes de sucesso. É importante entender que a liderança é um processo e que há etapas ativas que podem ser executadas para cultivar as habilidades necessárias – independentemente do título.