Quem consegue entender exatamente o que quer da carreira é mais feliz.
RH das empresas têm o papel de ajudar nesse processo.
O planejamento de carreira é essencial para qualquer profissional.
A Sala de Emprego desta segunda-feira (30) vai mostrar porque e como planejar a carreira.
Tudo em planejamento de carreira são escolhas.
Se o profissional opta por uma estrada, não dá para seguir ao mesmo tempo por outra.
A Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) dá algumas dicas para fazer esse planejamento.
O primeiro passo é a escolha da profissão.
“Assim que você se identificar com uma profissão ou com uma carreira é importante você entender que caminho você vai seguir”, explica Elaine Saad, vice-presidente da ABRH.
Depois, é preciso decidir o que quer atingir: ganho financeiro, sucesso, fama ou ajudar na formação de novos profissionais.
“Aí sim você consegue entender em que lugares do mercado você consegue exercer aquela sua profissão”, diz Elaine.
Também é preciso decidir qual o melhor lugar para juntar satisfação e trabalho: em uma empresa com carteira assinada, trabalhar por conta própria, ou virar funcionário público, por exemplo.
“Tem pessoas que querem realmente ter uma dedicação à sua carreira menos intensa, então essa pessoa pode escolher uma profissão que vai dar a ela mais tempo e mais qualidade de vida. Outros querem trabalhar mais, o dia todo”, explica a especialista.
De acordo com Elaine, o mais importante é não ter medo de mudar caso seja necessário:
“Uma pergunta fundamental é: “Eu tô feliz com a minha carreira?”. Mesmo que você troque e você tenha mais de 40 anos, mais de 50 anos, às vezes trocar faz bem, porque nunca é tarde para você corrigir uma infelicidade. A gente passa muito tempo do dia no trabalho, então se você não está bem precisa trocar sim e é possível trocar”.
Felicidade no trabalho
Quem consegue entender exatamente o que quer da carreira é mais feliz.
É o que diz um levantamento da Consultoria Etalent, com o apoio da Catho.
Segundo o estudo, o RH ou o capital humano das empresas têm o papel de ajudar nesse processo.
Kátia Maria Rodrigues foi promovida a gerente executiva há pouco tempo e agora cuida da promoção dos colegas no Banco do Brasil.
O banco realizou, só no ano passado, mais de três milhões de ações educativas, desde treinamento até o pagamento de bolsa para faculdade.
No final, o que o funcionário aprende conta para uma mudança de cargo.
“Ele vai exercer funções de maior complexidade, com maior salário dentro da empresa e isso fortalece o vínculo do funcionário com a empresa, porque ele percebe que ele tem possibilidades de ter uma carreira longeva dentro da empresa”, afirma Kátia.
A maioria das empresas no Brasil não pode dizer o mesmo.
O estudo da Catho mostra que 70,7% delas não possuem plano de carreira, segundo os próprios funcionários.
Sobre as perspectivas de crescimento, só 2,4% avaliaram como excelentes, 6,8% como ótimas, 39% avaliaram como boas as perspectivas e 51,5% disseram que as chances são ruins ou péssimas.
“Falta clareza das empresas e, por outro lado, um pouco de protagonismo dos profissionais. O profissional tem que se apropriar da própria carreira e ser capaz de discutir isso junto com a empresa para determinar quais os próximos passos que fazem sentido”, analisa Murilo Cavellucci, diretor de gente e gestão da Catho.
A empresa da diretora de RH Soraya Bahde, a Alelo, registrou um leve crescimento este ano e para continuar assim está investindo nos funcionários da casa:
“Como é uma oportunidade de reconhecimento e de crescimento na carreira, deixa os profissionais muito motivados, não só aqueles que participam, mas aqueles que também vêem o colega ser promovido, ir para outra área. Isso acaba repensando as pessoas na empresa. Elas pensam duas vezes antes de sair, porque tá tendo tanta oportunidade”.
Fonte:http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2015/08/planejamento-de-carreira-e-importante-para-o-sucesso-dos-profissionais.html