Ter autocontrole, empatia e conseguir enfrentar situações de pressão sem se abater são essenciais para quem quer crescer na carreira. Contudo, essas habilidades não são ensinadas na escola. É preciso desenvolver a inteligência emocional — competência cada vez mais valorizada no ambiente corporativo.
É claro que os conhecimentos técnicos e boas experiências são fatores que vão fazer o profissional se destacar no mercado de trabalho, mas só isso não basta! Ter um bom relacionamento com a equipe, saber lidar com feedbacks negativos e até com momentos de crise pode ser decisivo, por exemplo, para a conquista de um cargo mais alto.
Quer entender melhor qual é o impacto da inteligência emocional no trabalho? Confira:
Melhora os relacionamentos interpessoais
Para que uma empresa alcance bons resultados, é imprescindível ter harmonia no clima organizacional. Todavia, sabemos como os relacionamentos interpessoais podem ser difíceis no mundo corporativo por conta de disputas de posição, intrigas e outros problemas. O profissional com inteligência emocional conhece suas reações diante de diferentes circunstâncias, o que permite exercer o autocontrole mesmo nas situações mais delicadas com outros colegas. Ele desenvolve também a empatia, ou seja, consegue se colocar no lugar do outro, resultando em um convívio saudável na empresa. Além disso, possibilita trabalhar com pessoas de diferentes temperamentos e formações.
Ajuda a ter autoconfiança
A inteligência emocional pode ajudar você a conhecer suas potencialidades, o que permite escolher os melhores caminhos para traçar uma carreira de sucesso. Isso é possível porque você desenvolve a autoconfiança e sabe do que é capaz e até onde pode chegar. Sabe aquela insegurança em demonstrar para seu superior que quer ser promovido? A inteligência emocional pode justamente trazer confiança para esse momento, já que você saberá listar seus pontos fortes e mostrará como pode fazer a diferença na empresa ocupando um cargo maior.
Traz eficácia no trabalho em grupo
Quem tem inteligência emocional consegue trabalhar muito bem em grupo, já que entende a importância da participação de cada um da equipe para o sucesso de um projeto. É uma competência que faz com que o profissional esteja aberto para ouvir opiniões divergentes, conseguindo chegar a um consenso com mais facilidade. Outro ponto importante é que quem usa a inteligência emocional no trabalho sabe como se comunicar com os membros da equipe, conseguindo expor suas ideias de forma clara. Entende também a importância de dar e receber feedbacks — apontando as falhas que podem ser corrigidas para que o negócio consiga bons resultados.
Colabora na tomada de decisões
Saber controlar as emoções — permitindo que você pense de modo estratégico, analise todos os fatores envolvidos e ouça diferentes pontos de vista antes de tomar uma decisão — é fundamental no ambiente corporativo. É uma maneira de o gestor não agir por impulso, o que poderia comprometer os rumos do negócio.
Permite enxergar as críticas como oportunidades
Por mais que o profissional seja extremamente capacitado para sua função, ele está sujeito a falhas. No entanto, muita gente fica desestabilizada ao receber um feedback negativo de outro colega ou de algum superior. Já quem sabe utilizar a inteligência emocional no trabalho passa a ver as críticas com outros olhos — entende que se trata de uma oportunidade de aprendizado, ou seja, de algo que é possível de ser melhorado. E, caso a pessoa não concorde com o feedback recebido, sabe como argumentar, justificando de forma consistente por que o trabalho foi feito daquela maneira.
Facilita a liderança
Quem busca ser um bom líder deve desenvolver a inteligência emocional para saber conduzir melhor os seus colaboradores. Conhecer e gerenciar as próprias emoções e entender o comportamento do outro vai permitir: reconhecer as potencialidades da equipe; reter talentos; ter uma comunicação mais efetiva; delegar tarefas; dar feedbacks construtivos; motivar os colaboradores.
Traz flexibilidade na conduta profissional
Além disso, ter essa habilidade desenvolvida vai permitir, ainda, que o profissional seja flexível, ou seja, esteja disposto a trabalhar com novas tecnologias, produtos ou ainda com pessoas diferentes — sempre buscando dar o seu melhor. Permite também saber como lidar com imprevistos ou mudanças de rumos em um projeto, por exemplo.
Evita o burnout
A cobrança por resultados, prazos apertados e outras situações estressantes no ambiente de trabalho podem levar à síndrome de burnout — um esgotamento físico e mental que traz sérios problemas de saúde e leva ao afastamento do trabalho. Ao desenvolver a inteligência emocional, você passa a se conhecer melhor e entender seu comportamento e emoções diante das mais variadas situações. Assim, pode antever cenários e até se afastar de momentos de maior estresse, que poderiam fazer você perder o controle. Além disso, essa habilidade permite que você não tome decisões por impulso, saiba como trabalhar em meio à tensão sem se abater e consiga ver o lado positivo das situações — mesmo quando a conjuntura é bastante desfavorável. Com a inteligência emocional, você consegue também separar vida pessoal e profissional, ou seja, não leva os problemas do escritório para casa. Pelo contrário: aproveita o descanso para relaxar a mente e se preparar para o próximo dia de trabalho.
Ajuda no aperfeiçoamento profissional
A inteligência emocional permite desenvolver o autoconhecimento: uma reflexão que o profissional faz de suas potencialidades e também de suas dificuldades. Ter ciência do que você deve aprimorar para melhorar profissionalmente, com certeza, vai ajudá-lo a elaborar um plano de carreira bem estruturado. Isso acontece porque fica mais fácil identificar os cursos que vão trazer aperfeiçoamento para sua área de atuação — seja de idiomas, um intercâmbio ou ainda uma pós-graduação (especialização ou MBA). Você pode identificar também que precisa fazer um curso voltado para o seu desenvolvimento pessoal, o que vai ajudar em seu crescimento.
A inteligência emocional tem bastante impacto no ambiente corporativo, e desenvolver essa habilidade pode ser determinante para que você alcance seus objetivos profissionais. Não é algo fácil, mas deve ser um exercício diário para que você aprenda a equilibrar razão e emoção em seu dia a dia de trabalho.